Após 64 corpos levados à Praça São Lucas, balanço da megaoperação no Rio pode superar 120 mortosApós 64 corpos levados à Praça São Lucas, balanço da megaoperação no Rio pode superar 120 mortos

Moradores relatam busca de dezenas de vítimas na Serra da Misericórdia; governo mantém 64 mortos e 81 presos. Caso reacende debate sobre segurança pública.

A ação policial deflagrada na terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha — descrita oficialmente como a mais letal da história do estado — mobilizou cerca de 2,5 mil agentes e terminou o dia com 64 mortos (60 suspeitos e 4 policiais), 81 presos e apreensão em massa de fuzis. As trocas de tiros paralisaram vias e afetaram serviços, enquanto autoridades estaduais qualificaram as facções como “narcoterroristas”. Organizações de direitos humanos, por sua vez, pedem investigação independente.

Durante a madrugada e a manhã desta quarta (29), moradores subiram a área de mata da Serra da Misericórdia — onde ocorreram alguns dos confrontos mais intensos — e retiraram dezenas de corpos, transportando-os em caminhonetes até a Praça São Lucas, no coração do Complexo da Penha. As famílias improvisaram um velório a céu aberto, com vítimas cobertas por lonas e lençóis, enquanto aguardavam reconhecimento oficial. O Corpo de Bombeiros iniciou, mais tarde, a remoção dos corpos. Ainda há incerteza se esses óbitos constam ou não no balanço estadual divulgado na véspera.

Lideranças comunitárias afirmam que o número de mortos pode ser muito maior do que o informado inicialmente. Há veículos relatando mais de 60 novos corpos recuperados da mata e levados à praça — cenário que empurraria o total de vítimas para além de 120. Reportagem de A Pública/Ponte Jornalismo cita 128 mortes já contabilizadas por fontes locais; esse dado, contudo, ainda não foi confirmado pelas autoridades e segue em verificação.

Batizada de “Operação Contenção”, a ofensiva mirou a cúpula do Comando Vermelho nas zonas Norte e de acesso ao aeroporto. A polícia reteve dezenas de armas longas e drogas; relatos dão conta do uso de drones com artefatos explosivos pelos criminosos, e de armas automáticas em poder das facções. Organismos internacionais como a ONU e entidades como a Human Rights Watch cobraram apuração rigorosa dos fatos.

No plano político, o presidente Lula convocou reunião emergencial com ministros e chefes de forças federais para discutir a crise de segurança e coordenar medidas com o governo fluminense. A comitiva federal deve se reunir com o estado ainda hoje, em meio à troca de acusações sobre pedidos (ou não) de apoio.

Quem é “Doca” — e o que já se sabe. Tudo Sobre:

No centro da ofensiva está Edgar Alves de Andrade, o “Doca” (ou “Urso”), apontado pelo Ministério Público do Rio como uma das principais lideranças do CV na Penha e investigado por mais de 100 homicídios, incluindo execuções de crianças, além de ataques a delegacias. Até o fim da manhã desta quarta (29), não há confirmação oficial de que Doca tenha sido preso; ao contrário, o Disque-Denúncia elevou a recompensa a R$ 100 mil por informações que levem à sua captura. Já o braço direito “Belão da Quitungo” foi preso na terça durante a megaoperação. (👉 Esta será a próxima matéria, com o perfil completo e a cronologia do caso, para interlink interno).

Leia em breve: Quem é Doca, o alvo nº 1 da Operação Contenção — acusações, mandados, áreas de influência e a caçada que mobiliza R$ 100 mil de recompensa.


Nota de responsabilidade: os números desta reportagem podem mudar conforme avançam as buscas, perícias e atualizações oficiais. Este texto será atualizado quando houver novas confirmações.

Cobertura internacional recente sobre a operação no Rio:

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By Onofre

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